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O túmulo está vazio: Jesus ressuscitou


Aceitando a morte, para, enfim, vencê-la, ressuscitando e, mais tarde, elevando-Se ao céu, Jesus confirma as suas palavras ditas muito antes: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

Esta é a razão da fé cristã. A ressurreição de Jesus Cristo. Se Ele tivesse morrido simplesmente, se não tivesse vencido a morte, para nos resgatar, de nada teria valido a sua presença na Terra. Mas, o Verbo de Deus se fez carne para viver conosco e para oferecer a sua preciosa vida por todos nós.

Outros líderes religiosos, antes e depois de Jesus, a partir dos quais foram fundadas outras religiões, simplesmente morreram. Não ressuscitaram como Jesus ressuscitou. Não deram as suas vidas para o resgate de muitos. Nenhuma religião aponta o seu fundador ou líder como vencedor da morte, como vencedor do mal e do pecado. Somente o Filho Unigênito de Deus teve esse poder, que lhe foi dado pelo Pai Santíssimo.

O Cristianismo é diferente de todas as outras religiões porque Jesus, sendo o Filho de Deus, concebido por obra e graça do Espírito Santo não conhece outro homem igual, diferencia-se, portanto, de todos os outros homens. Sendo homem e Deus, ao mesmo tempo, neste mistério que somente a nossa fé pode conhecer a profundidade, Jesus é o Artífice da paz, o Mestre do amor, o anunciador do Reino de Deus, o transmissor da Boa Nova.

Jesus cumpriu a missão que o Pai lhe confiou. Ele poderia ter caído em tentação, optando pelas coisas deste mundo, como lhe foi oferecido pelo inimigo, no deserto. Ele poderia ter recusado o cálice da amargura, antevendo a morte que se aproximava. Naquela noite, após a última ceia, quando instituiu o sacerdócio e a Eucaristia, Jesus orou e disse: “Pai, afasta de mim este cálice”. Mas, a seguir, Ele proclamou: “Seja feita não a minha, mas a tua vontade” (Mt 26,39). A sua alma sofreu até a aproximação da morte. Era natural. A parte humana teria que sofrer, teria que se amargurar com a antevisão da morte próxima. Mais uma vez, naquela noite, Ele orou ao Pai: “Meu Pai, se não é possível que este cálice passe sem que eu o beba, faça-se a tua vontade!” (Mt 26, 42).

A parte divina de Jesus O fez firme e forte para abraçar a morte transitoriamente. E a sua inteireza, como homem e Deus, O fez doar-se por amor a toda a humanidade. Deus quis, assim, mostrar o seu amor incondicional por nós, selando conosco a última e definitiva aliança, através da morte e, sobretudo, da ressurreição do seu Filho amado, do Ungido de

Deus, para a nossa unção como filhos e filhas do Altíssimo.

Aceitando a morte, para, enfim, vencê-la, ressuscitando e, mais tarde, elevando-Se ao céu, Jesus confirma as suas palavras ditas muito antes: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Vida abundante. Vida eterna ao lado do Pai e do Filho e do Espírito Santo. É o que nos espera no céu.

Nenhuma outra religião pode oferecer isto. Afinal, nenhuma outra religião nasceu a partir da Igreja fundada pelo Filho de Deus. A vida eterna é promessa. Promessa que se faz certeza. Quando o bom ladrão pediu a Jesus que se lembrasse dele, quando entrasse no seu reino, Jesus respondeu-lhe: “Ainda hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23,43).

Meus irmãos e minhas irmãs, o túmulo está vazio. A morte não pôde conter o Filho de Deus. Jesus desceu aos mortos, sim, mas foi para derrotar a morte. Antes de exalar o último suspiro, no alto da cruz, Ele entregou ao Pai o seu espírito. O espírito não desce à sepultura. Apenas o corpo vai ao túmulo. Todavia, no caso de Jesus, pelo mistério da santa aliança que se manifesta na sua ressurreição, o corpo se ergue, escapa ao túmulo, e Jesus, então, se manifesta a Maria Madalena e, depois, aos apóstolos. Cumprida estava a exortação de Jesus, no templo: “Destruam este templo e eu o erguerei em três dias” (Jo 2,19). Morto na sexta-feira, Jesus venceu a morte no domingo, ao terceiro dia. O templo do Espírito estava erguido. A morte tornou-se, a partir dali, apenas um símbolo de passagem.

Sim, meus irmãos e minhas irmãs, o túmulo onde José de Arimatéia colocou o corpo de Jesus está vazio. Como não poderia deixar de estar. A morte não pôde prender Jesus em seus véus de trevas. As trevas da morte não têm poderes sobre a Luz de Cristo. Vitória de Jesus. Vitória de todos nós.

Jesus ressuscitou. Aleluia! Eis a Páscoa do Filho de Deus. Eis a nossa Páscoa. Aleluia!

Neste sábado da vigília pascal, eu quero exortar a todos para que façam um silêncio obsequioso. Preparemo-nos para celebrar a Páscoa, amanhã, Domingo da Ressurreição.

A todos e a todas, a minha bênção e os meus votos de Feliz Páscoa.


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