Um grito em defesa da vida e contra a desigualdade social marca o Sete de Setembro, em Aracaju
Um forte clamor em defesa do direito à vida e contra a exclusão social ecoou em toda a Avenida Barão de Maruim, região central de Aracaju, no final da manhã desta sexta-feira, feriado de Sete de Setembro, na 24ª edição do Grito dos Excluídos. Organizada pela Arquidiocese, a manifestação reuniu representações de pastorais, movimentos eclesiais e sociais, centrais sindicais e de várias denominações religiosas. O “Grito” se reproduziu pelos quatro cantos do Brasil, com o tema “Vida em primeiro lugar! Desigualdade gera violência: basta de privilégio”.
O arcebispo metropolitano, Dom João José Costa, que também esteve acompanhado de vários sacerdotes, diáconos e seminaristas, participou de todos os momentos da manifestação, a partir das 8h. A concentração ocorreu na Praça Fausto Cardoso e foi marcada por apresentações culturais e uma celebração inter-religiosa. Desse local, os manifestantes se dirigiram até à Barão de Maruim, entrando precisamente no final do tradicional desfile cívico de Sete de Setembro. As falas dos representantes da Igreja e de movimentos convidados foram intercaladas por cantos alusivos ao tema da manifestação.
O Grito é uma iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil para questionar os padrões de independência do povo brasileiro, apontando os caminhos para a construção de um Brasil mais justo para todos os cidadãos. “A desigualdade em nosso país está gerando fome, dor, analfabetismo, desemprego em massa, exploração do trabalho, discriminação, exclusão, doença, abandono e morte. Celebrar o Grito é confirmar a esperança de que a mudança é possível e necessária, aqui e agora”, afirmou Dom João Costa, que participou de todas as edições desse evento.
O 24º Grito dos Excluídos foi organizado por uma comissão formada por representantes da Arquidiocese (sacerdotes, pastorais sociais e movimentos), além de movimentos sociais e centrais sindicais.
Fotos: Edmilson Brito e Carlos Barbosa