Dia Arquidiocesano da Unidade

Jesus Cristo ensinou a excelência de viver em comunhão. Ele mesmo deu exemplo disso ao formar uma pequena comunidade, tendo em torno d’Ele os doze discípulos. E, mais ainda, exortou a todos a viver em comunhão, ao dizer: “Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado e nisto todos conhecerão que sois meus discípulos” (Jo 13,34-35). O amor fraterno deve nos levar a uma reflexão e a uma compreensão. Devemos refletir sobre se nós estamos sempre dispostos a nos amar verdadeiramente, a nos compartilhar momentos de nossas vidas, a doar-nos sem esperar recompensas. Refletindo, devemos compreender que a vida não compartilhada se torna insossa, fechada em si mesma como um caramujo. Logo, todo esforço deve ser empreendido pelos cristãos e pelas cristãs a fim de que a comunhão se alastre sobre toda a comunidade dos homens e das mulheres de boa vontade.
Precisamos nos voltar para o primitivismo da Cristandade. A comunhão na Igreja Primitiva de Jerusalém foi modelo para as demais igrejas cristãs. Encontramos o relato em At 2,42-47 que diz que: "Eles eram perseverantes na doutrina (ensinamento) dos apóstolos, na comunhão fraterna, no partir o pão e nas orações". Estes são os quatro pilares da comunidade cristã, o que deve dar sustentação à vida de pessoas cristãs. Pela perseverança em ouvir o ensinamento dos apóstolos, eles começaram a praticar a comunhão como irmãos e irmãs, não só de bens, mas também de suas preocupações e lutas para que todos tivessem as mesmas condições de vida. Nos versículos 44 e 45 somos informados de como esta comunhão se traduzia: todos viviam unidos e tinham as coisas em comum. Isto significa que as pessoas que tinham bens e quando era necessário colocavam livremente seus bens à disposição daqueles que precisavam.
Na comunidade a vida cristã deve ser traduzida por atitudes e gestos concretos de amor fraterno. Novo mandamento Jesus Cristo nos deu, o mandamento do amor a Deus e ao próximo. Amar, como Jesus nos ensinou, não se traduz por sentimentalismo, mas principalmente por enxergar o outro, a outra, como irmão e irmã que precisa ter apoio, palavras de ânimo e ações que a leve sentir-se uma pessoa amada por Deus e pelos que estão à sua volta.
A comunhão fraterna deve levar a comunidade a se unir e lutar para que todos tenham condições dignas de vida. Quem vive em comunhão, vive em maior sintonia com Deus.
Na nossa querida Arquidiocese de Aracaju, o dia 15 de novembro será o dia da comunhão arquidiocesana, quando estaremos, no Parque da Sementeira, a partir das 14 horas, reunindo o clero e os fiéis de todas as nossas Paróquias, numa demonstração de unidade e de acolhimento recíproco entre todos.
Haveremos de viver momentos de louvor e de oração, de entrosamento e de companheirismo. Viveremos momentos de comunhão vertical, dirigindo-nos ao Divino Pai Eterno, para invocar a sua bondade e a sua misericórdia para conosco. E momentos de comunhão horizontal, ligando-nos uns aos outros, fraternalmente.
Conclamamos todos os padres, todos os diáconos, todas as lideranças leigas, nos movimentos e pastorais de todas as nossas Paróquias, de cada uma delas, para, primeiro, motivarem todas as comunidades e, segundo, para darem o próprio exemplo, comparecendo ao Parque da Sementeira, objetivando formar um congraçamento que mostre a face da nossa Arquidiocese, como uma família que reza e louva à Trindade Santa.
Vocês, meu irmão e minha irmão, ajude ao seu pároco, ao seu vigário, a mobilizar o máximo possível, para que tenhamos uma bela comunhão de fiéis seguidores do Cristo Jesus.
O dia 15 de novembro será o dia Arquidiocesano da Unidade. Um dia para mostrarmos a alegria de ser Igreja. Afinal, o que somos verdadeiramente, segundo as palavras do próprio Filho de Deus? Ele nos disse: “Vós sois o sal da terra; vós sois a luz do mundo” (Mt 5,13-14). Quem é sal, não pode se tornar insosso, trancado em si mesmo, perdendo o sabor. Quem é luz, tem que brilhar, anunciando que a Luz maior do mundo é o nosso Salvador, Jesus Cristo, o jovem Nazareno que deu sua própria vida para que todos os homens e todas as mulheres pudessem ser purificados no sangue que jorrou do seu lado direito trespassado por uma lança.
Vamos transpor o nosso comodismo. Vamos dar mostra de unidade. Vamos elevar as nossas vozes, entoando os nossos cantos, a fim de agradecer a Deus pelo dom da vida e pela doçura de sermos chamado seus filhos e suas filhas.
A Arquidiocese de Aracaju, na pessoa do seu Arcebispo, que ora vos fala, através das ondas sonoras da nossa querida Rádio Cultura, conclama os irmãos e as irmãs de todas as Paróquias, de todas as comunidades católicas a dizerem “sim” a este chamado.
Quinta-feira próxima, dia 15, será o Dia Arquidiocesano da Unidade. O dia de todos os católicos e de todas as católicas encontrarem-se numa tarde de fraternidade.
Que Deus abençoe a todos e a todas. E que a paz do Senhor Jesus esteja em todos os lares e em todos os ambientes de trabalho ou de lazer. Quinta-feira nós nos encontraremos. Até lá.