Padre Genivaldo Garcia fala da importância e contribuição do Sínodo

O Sínodo, convocado pelo papa Francisco para outubro de 2023, e como será a contribuição da Arquidiocese de Aracaju foram assuntos amplamente abordado na entrevista concedida pelo padre Genivaldo Garcia, pároco da paróquia Bom Jesus dos Navegantes, ao arcebispo metropolitano, dom João Costa, dentro do programa “A Voz do Pastor” (Rádio Cultura de Sergipe), edição de sábado (22). Por meio do Sínodo, explicou dom João, o Sumo Pontífice convida a Igreja inteira a se interrogar sobre um tema decisivo para a sua vida e a sua missão: “Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”.
Segundo o padre Genivaldo, que também é vigário episcopal do Vicariato São Mateus, o pontificado de Francisco tem a marca da sinodalidade. Lembrou que logo no primeiro ano do seu governo pastoral, o Santo Padre afirmou, durante a homilia da Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, em junho de 2013, que “devemos avançar por essa estrada da sinodalidade, crescer em harmonia com o serviço do primado”.
As três fases do Sínodo
O padre Genivaldo Garcia pontuou que o percurso para a celebração do Sínodo é dividido em três fases, entre outubro de 2021 e outubro de 2023, passando por uma fase diocesana, e outra continental. Já está em curso o processo de escuta nas dioceses de todo o mundo.
Fase diocesana
No âmbito da Arquidiocese de Aracaju, esse processo será aberto oficialmente no dia 24 de fevereiro durante assembleia com todo o clero. Nesse sentido, o arcebispo constituiu uma comissão coordenada pelo padre Everson Fontes Fonseca, vice-chanceler da Cúria Metropolitana. Está prevista a realização de uma ampla consulta nos vicariatos, foranias e paróquias da Arquidiocese. Uma das tarefas dessa comissão é, após, a fase de escuta, encaminhar uma síntese para o Vaticano.
Caminhando lado a lado
Reproduzindo uma reflexão do documento preparatório para o Sínodo 2023, o sacerdote disse que “caminhando lado a lado e refletindo em conjunto sobre o caminho percorrido, com o que for experimentando, a Igreja poderá aprender quais são os processos que a podem ajudara viver a comunhão, a realizar a participação e a abrir-se à missão”.
Atualização da caminhada evangelizadora
Para o entrevistado, o caminho sinodal se justifica pela necessidade de uma constante “atualização” da caminhada evangelizadora da Igreja. “A Igreja não tem de adequar-se ao mundo, tem de adequar o mundo a ela, aprimorando sempre a sua capacidade de diálogo, sem jamais abandonar seus valores, sua essência”, enfatizou.
Segundo o padre Genivaldo, o anseio de atualização foi expressado pelo Papa Paulo VI, logo na primeira sessão do Concílio Vaticano II, acontecimento que, nas palavras do Pontífice, veio “abrir à Igreja novos caminhos e fazer brotar na terra novas ondas de águas profundas e fresquíssimas da doutrina e da graça de Cristo Nosso Senhor”.