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A túnica do padre Genivaldo Garcia



Dias atrás, recebíamos o anúncio da eleição do nosso amigo na fé, padre Genivaldo, para ser Bispo da diocese de Estância, cidade jardim de Sergipe. E que susto, que alegria! Esperança em tempos sombrios. Num tempo marcado por incertezas e falta de rumo em tantas instâncias da história, recebemos com fé a escolha desse irmão para o múnus episcopal.

Precisamos ir ao Vaticano II para entender, com a Igreja, o que é o ministério episcopal. Tão confundido nos dias atuais a um "prêmio", um merecimento ou uma coroa de glória. Tudo é Graça. Tudo é Misericórdia. Tudo é Dom. Nenhuma vocação é merecimento da parte de quem é chamado.


Há uma grande crise antropológica em curso. O ministério episcopal é serviço. Um bispo não é um chefe, um mandatário, um executor de obras ou um tirano que senta na cátedra e da catedral ensina. Ele tem que ir além. O bom bispo vive em saída. Sente o cheiro do seu povo. Conhece seu clero. Favorece os ministérios e carismas que há na Igreja. Está em comunhão com a Conferência dos Bispos e com o sucessor legítimo de Pedro, no tempo, Francisco.

E nisso, digo e testemunho: Padre Genivaldo é um homem eclesial, nasceu no Cumbe-SE se criou no Aleixo-SE. Jovenzinho, recebeu um chamado a uma vocação de ser profeta, comunicador, evangelizador.


Gosta de Filosofar! É preciso. Convivi de perto com ele em 2012 e 2013 na pastoral do final de semana. Tivemos bons embates, bons e sadios embates. Sua túnica, depois de Lorena e Brasília, começou a ser forjada no Santos Dumont, Lamarão, Soledade e adjacências, além da entrega na formação sacerdotal.


A hora católica precedida por Dudu (in memoriam) acordou-nos, na hora e no horário. Homem polido, não gosta de conversa e tem um coração de pastor. Ergueu muitos e muitas. Crismou, cantou com a Comunidade que Canta e andou pela Arquidiocese de Aracaju fazendo o bem. E seu coração é além dos seus limites.


A nomeação do padre Genivaldo para o episcopado alegra o coração de quem ama a Igreja, quem acredita na pastoral, na evangelização. Na formação dos futuros pastores. É limiar de esperança. Aracaju, no Ano Vocacional, oferta um grande Dom a Igreja, sinodal, em tempos de saída. Vamos! Avante!


Pe. Anderson Gomes, pároco da paróquia São Pescador (Bairro Industrial).

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