Nossa Senhora Aparecida: vida, graça e missão
Em sua infinita bondade, Deus nos presenteia com a Santa Igreja, presença misericordiosa do Filho Jesus Cristo, ao longo da história da humanidade. Deus sempre nos presenteia com a graça divina e como se não bastasse, nos coloca nos braços da Santa Mãe Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil. A pérola espiritual de São Bernardo, ressoa nos quatro cantos da nossa vida: “Deus juntou todas as águas e fez o mar, juntou todas as graças e fez Maria”.
Durante suas aparições na França, enquanto conversava com a irmã Catarina Labouré, saíam raios das mãos imaculadas da Virgem Maria. Ao perguntar o significado destes raios, a Santa Mãe afirma que são as graças concedidas aos seus filhos e filhas, sobretudo durante a Santa Missa, a Festa da Eucaristia.
Rezando juntos, peçamos a Mãe Santíssima que recaia sobre nós a graça da escuta da Palavra Divina. Através da leitura orante da Palavra, descobrimos que somos todos vocacionados, isto é, somos todos chamados por Deus Pai.
Meditando a Palavra Celeste, Deus expõe os seus lindos sonhos de santidade para os seus filhos. Não esqueçamos que em toda vocação há um projeto de santidade elaborado por Deus, e desempenhado por nós, sob os cuidados da Mãe Aparecida, modelo de santidade, de escuta da Palavra, de serviço e de fraternidade.
Em toda vocação há uma graça específica e também um apelo para o bom desempenho da missão em comunhão perene com Deus e com os irmãos. Com Maria Santíssima, renovemos o nosso sim ao chamado que Deus nos dirige na Santa Eucaristia. Imitando a Santa Mãezinha do Céu, respondamos dizendo: Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua vontade. (Luc. 1,38)
Com a Mãe Aparecida, percorramos a região montanhosa deste continente chamado Brasil, a Terra da Santa Cruz, e da Ressurreição de Jesus. Sob a intercessão da Santa Mãe Aparecida, a Peregrina do Brasil, visitemos todos os lugares de vulnerabilidade, as periferias existenciais enfatizadas pelo Papa Francisco, ou seja, os hospitais, os presídios, as pessoas abandonadas nas ruas deste Brasil da exclusão e da desigualdade, que tanto ferem a vida dos nossos irmãos. Construamos a partir de nós, um Brasil semelhante ao Lar de Nazaré, isto é, a Casa da fé, comprometida com as realidades da inclusão e da fraternidade.
Cuidando das pessoas marginalizadas, dos famintos, dos desabrigados, dos enfermos e dos encarcerados, damos passos largos na nossa bela e instigante missão de seres humanos e de cristãos. Conduzidos pela Mãe Aparecida, sejamos instrumentos de esperança e de alegria. O Espírito Santo que fecundou o Coração Imaculado de Maria nos ajude a rezar juntos, dizendo: a minha vida é graça e missão.
Pe. João Claudio, pároco da paróquia Santa Teresinha (Bairro Robalo).