Pandemia potencializa atuação da Pastoral do Povo da Rua, em Aracaju

A pandemia do Coronavírus não provocou a descontinuidade das ações da Pastoral do Povo da Rua, na Arquidiocese de Aracaju. Pelo contrário, ela potencializou o trabalho de um perseverante grupo de voluntários que, todos os dias, com as devidas precauções, percorre as ruas da capital distribuindo alimentos, roupas, produtos de higiene pessoal e solidariedade humana. Essa assistência se mantém, ininterruptamente, há quase 50 dias, beneficiando cerca de 300 pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Todos os esforços da Pastoral estão concentrados no centro da capital e nos bairros Getúlio Vargas, Industrial e Siqueira Campos, especialmente no período da noite. Os produtos doados são arrecadados com pequenos comerciantes, famílias solidárias e na paróquia São Pedro Pescador (bairro Industrial). O padre Anderson Gomes, pároco dessa comunidade, doou todas as roupas do bazar da paróquia, além de materiais de higiene e limpeza.
Com essas e outras iniciativas, a Pastoral do Povo da Rua tornou-se um importante aliado da Secretaria Municipal de Assistência Social. Durante as abordagens, as pessoas carentes são convencidas pelos voluntários a buscar os abrigos mantidos pela Prefeitura de Aracaju. Estima-se que mais de 150 pessoas já estejam nesses pontos de acolhimento.
Para Marcos Correia, coordenador da Pastoral, o crescente número de famílias nas ruas da cidade, na dura luta pela sobrevivência, é um das graves consequências da crise gerada pela pandemia.
O trabalho da Pastoral vem mobilizando cerca de 30 leigos e leigos da Arquidiocese. Um dos voluntários é a doutora Ana Lúcia, uma médica cardiologista que, há dois anos, dispensa uma preciosa assistência aos moradores de rua, com a contribuição de um grupo de socorristas,