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Pe. Everson: "Louvo e agradeço a Deus pela fé dos meus paroquianos, tão sedentos de Deus"



Com sete anos de Ordenação Presbiteral, celebrados em janeiro deste ano, o padre Everson Fontes Fonseca, de 34 anos de idade, é pároco da paróquia Sagrado Coração de Jesus (Bairro Grageru, Aracaju). Ele também exerce o ofício de Chanceler da Cúria Metropolitana. As marcas do seu ministério também estão impressas na paróquia Nossa Senhora da Conceição (Mosqueiro, Aracaju), onde foi pároco, e na paróquia São João Batista (Conjunto João Alves, Socorro-SE), onde serviu como vigário paroquial.


O que o levou a se tornar um sacerdote da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo?


Uma pergunta difícil, principalmente quando tomamos por base os desígnios misteriosos da eleição divina sobre nós. Julgo que, ainda que da imaturidade infantil, comecei a ouvir Nosso Senhor quando, com a idade de 4 anos, respondendo a uma pergunta de uma professora sobre o meu futuro profissional, disse-lhe que seria "padre". De lá para cá, Deus foi me guiando e me querendo, ao que eu Lhe correspondia (não obstante as minhas fraquezas), no caminho vocacional...


O que é um sacerdote segundo o Coração de Jesus?


Ainda que o chamado de Cristo Bom Pastor venha ao nosso interior, porque é iniciativa divina, ser sacerdote segundo o Seu Coração divino é uma resposta que exige a nossa responsabilidade, o nosso compromisso de, em tudo, copiar-Lhe. Sim, porque o ser sacerdotal nos leva a isso: a que, numa atitude contínua de conversão, nos esforcemos em parecermos sempre mais com Ele, copiando-Lhe, ganhando as Suas aparências nos gestos e atitudes em todas as dimensões da nossa vida pessoal consagrada, configurada, pelo Sacramento da Ordem, a Ele.


Como o senhor vem abraçando a missão de pastorear a paróquia Sagrado Coração de Jesus?


A Paróquia do Grageru, apesar de territorialmente pequena, é bastante exigente no acompanhamento do grande número de pastorais e movimentos que devem ser acompanhados pelo pároco. Louvo e agradeço a Deus pela fé dos meus paroquianos, tão sedentos de Deus, tão ansiosos pelo que é do Céu!


Quais os grandes desafios da Igreja nesses tempos tão adversos?


O de preservar a sua identidade diante deste mundo tão fluido como está pelo relativismo atual. A começar pelos seus filhos conscientes na fé, uma preservação levada a bom termo pela parresia, pela coragem... Infelizmente, vemos que dilapidam a Igreja de sua real face para torná-la "simpática", "atraente", quando, na verdade, a Igreja só pode ser dialógica se for quem de fato é e constituída pela autenticidade do Evangelho de Cristo, seu Fundador e conteúdo do seu anúncio. Caso contrário, falará e será mais uma dentre tantas vozes, que não marcará lugar como única perspectiva de transformação integral do homem à felicidade, ao bem.


Qual as principais atribuições da Chancelaria da Cúria Metropolitana?


Na Chancelaria, não há apenas a responsabilidade de zelar por papéis e documentos eclesiásticos, mas, sobretudo, com a vida de fé do nosso povo. Por vezes, fico a imaginar em quantas pessoas são representadas nas mais diversas petições ou nas demandas que chegam ali... Logo, creio que isto seja uma bela e grande motivação pastoral no ofício da Chancelaria. Porque, se nos esquecermos disso, corremos o risco de executarmos um trabalho frio e entediante, que não nos pede o ardor do coração.


Fale-nos um pouco sobre o Diretório dos Sacramentos da Arquidiocese de Aracaju.


Recordo-me de que é uma solicitação antiga de pastores e fiéis de nossa Arquidiocese, e que, há muitos anos, com muitos debates e contribuições, foi sendo construído e ganhando forma com muitas mãos. Como o próprio nome sugere, o Diretório dos Sacramentos é um guia para a orientação de como criar consciência, celebrar e viver o setenário sacramental como querido pelo Senhor e resguardado pela Sua Igreja. De antemão, afirmo: não há nada de novo ali escrito. Até porque, enquanto teologia dos Sacramentos, o Diretório embasa-se no que a Igreja apregoa há dois milênios. Algumas práxis podem apresentar-se como "novidade". Porém, penso que só vai solicitar que as nossas comunidades paroquiais bem celebrem o que é patrimônio de imensurável valor de toda a Igreja, tal como se constitui o arcabouço da Sagrada Liturgia. A quem me pergunta sobre, em específico, o que traz o Diretório, com caridade e sorriso, exorto: "Leia, estude e verá! Vale a pena!".




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