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Santa Teresinha, dai-nos o pão que é Jesus


O pão é um alimento universal, capaz de ocupar a mesa dos abastados e dos mais necessitados. O pão é servido para os sem-teto e enviado aos palácios. O pão é um dos alimentos mais antigos e comuns para toda a humanidade. Basta que tomemos a Bíblia em mãos, e logo percebemos a presença de tal alimento, que perpassa inúmeros momentos do antigo e do novo testamento.


O Evangelho da multiplicação do pão, ocupa um lugar especial no coração cristão. É verdade que o olhar pode deter-se apenas sobre a constatação da multiplicação, mas se clamarmos o Espírito Santo, Ele pode fazer com que mergulhemos em profundidade na Palavra Sagrada, para observar que esta multiplicação é precedida pela valiosa e bendita partilha de uma criancinha.


Sabemos que no Evangelho, a criança não está atrelada ao dado cronológico, mas significa, sobretudo, o coração desapegado, que confia no Senhor Jesus. Podemos dizer que aqueles cinco pães não eram nada diante da multidão do Evangelho segundo João. É verdade! Não esqueçamos que Jesus realiza as maravilhas quando reconhecemos com amor a nossa pequenez e fragilidade.


A linguagem do apóstolo Paulo nos leva ao conteúdo espiritual contido na 2ª Carta aos Coríntios (12,10), quando diante dos altos e baixos da missão, o apóstolo declara: Pois quando sou fraco, então é que sou forte. Diante das intempéries do tempo, dos naufrágios e prisões, o apóstolo reconhece que é instrumento nas mãos de Jesus, que é o princípio e fim da nova humanidade.


O testamento de Santa Teresinha provoca o mesmo movimento espiritual, quando a padroeira das missões nos convida a imitar a criança do Evangelho na entrega contínua do nosso coração a Jesus, para curá-lo e transformá-lo. Em seus escritos, Santa Teresinha afirma: Espero tudo do Bom Deus, como a criancinha espera tudo dos pais. Jesus quer encontrar corações cheios de confiança.


O trecho do Evangelho de João mostra que a partir da partilha da criancinha, os cestos se encheram de pão, pois a oração de Jesus alcançou cada coração. A criança do Evangelho, dividiu o pão do cansaço, da esperança e da alegria. Ao redor de Santa Teresinha, existem alguns cestos que já estão cheios, que significam as graças recebidas sob a intercessão da nossa querida padroeira. Os outros cestos serão preenchidos através da oração e do nosso sacrifício.


Os cestos trazidos por Santa Teresinha estão cheios de pães que são bençãos. A nossa santinha partilha conosco a Boa Nova, que é Evangelho da Alegria. O santo pão do Amor que é Eucaristia, é o pão predileto de Santa Teresinha. O pão da Palavra Sagrada sempre alimentou Santa Teresinha em sua jornada. No Evangelho Jesus declara: “Eu sou o pão vivo descido do céu” (Jo. 6,51). Oremos com a Igreja celeste e peregrina: Santa Teresinha, dai-nos o Pão que é Jesus.


Pe. João Claudio é pároco da Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus (Robalo)

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