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Sede santos, como vosso Pai Celeste é santo



O Espírito Santo sopra sobre cada coração, reacendendo o desejo de santidade. Ao longo da caminhada da vida, existem situações que se abatem contra o desejo de Deus, que está no profundo da alma. Tais situações criam desânimos, desconfortos espirituais através dos quais pensa-se que a santidade não é mais algo para hoje, para a atualidade.


Comumente, a santidade é vista como algo do passado, para aqueles homens e mulheres dos séculos mais distantes, que eram tranquilos, e portanto, eram momentos propícios para o surgimento dos santos. A história mostra que não é bem assim, e que tal ideia está equivocada.


Os primeiros séculos do cristianismo, foram marcados por inúmeras perseguições. Os imperadores romanos que cultuavam outros deuses, prendiam os cristãos que proclamavam o nome de Jesus Cristo. Como se não bastasse, eram jogados nas arenas do Coliseu, e eram devorados por feras famintas, para o deleite da plateia. E tudo isso poderia ter sido evitado, bastava que a pessoa adorasse o imperador, bastava adorar os deuses do império romano e renegar o nome de Jesus Cristo.


O Evangelho de Lucas mostra Jesus numa situação bem parecida: O diabo pede que Jesus fique de joelhos para adorá-lo. E Jesus responde, dizendo: “Adorarás o Senhor teu Deus e só a ele servirás” (4,8). Para servir e adorar somente a Jesus, muitas pessoas entregaram a própria vida, não só no início do cristianismo, como o mártir santo Estevão, padroeiro dos diáconos, santa Luzia, que teve os olhos arrancados, mas continuou vendo Jesus com o coração, são Oscar Romero, o bispo de El Salvador que morreu defendendo o povo massacrado por uma das ditaduras mais cruentas da América Latina.


O desejo de santidade continua aceso em cada pessoa que não se dobra, que não se ajoelha diante da maldade. O desejo de santidade permanece no coração quando não se propaga o dente por dente, olho por olho, quando não se paga na mesma moeda. O cristão só paga com a moeda de Jesus, com a Palavra que liberta e salva. O cristão vai sempre contra a corrente. Não importa o que faz a maioria. Só importa o que Jesus faz, com a Palavra e os sacramentos. A maioria abandona. Não morre pelo ser humano na cruz. Quem ama assim, é somente Jesus. Peçamos a Senhora Aparecida, Mãe do Brasil, que sustente firme o desejo de santidade em cada coração. Com Maria, rezemos: “Sede santos, como vosso Pai celeste é santo” (Mt. 5,48).


Pe. João Claudio é pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Farolândia, Aracaju).

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