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Seguidores de quem?


Estamos vivenciando "tempos de sofrimentos, de martírio" mesmo. A Igreja experimenta mais um "cisma". Sim, não há como negar na prática. Seria hipocrisia! O que mais Jesus combateu foi a hipocrisia, a qual não consiste em falhas humanas, fragilidades ou até "pecados" que todos temos, mesmo os mais fervorosos na fé, mas sempre humanos... 


Ter consciência dessas coisas, assumindo-as humildemente,  não  é uma postura hipócrita!

Hipocrisia é exatamente a falta disso. Maquiar, querer aparentar um " rosto" que não corresponde,  seja em nível pessoal, seja coletivamente.


Ouço falar, em nossos tempos, em "Padres ou grupos/movimentos seguidores do Papa Francisco…!". Deixando claro que quem assim se expressa já faz afirmação implícita ou explícita que não segue o atual Papa. Isso é ou não "cisma prático"?


Minha formação e minha índole não permitem admitir ser católico sem seguir o Papa, goste humanamente dele ou não!!! 


Por que não se pode ser católico sem seguir o Papa? Dentre outros princípios:


1. Nega-se a ação do Espírito Santo na escolha do mesmo;


2. Afirma a arrogância de querer estabelecer os critérios próprios para aceitar ou não o Pontífice ("livre exame"?);


3. A obediência, só se concordar, se der o próprio assentimento da razão;


4. A religião reduzida a ideologias (embora diga- se combatê-las);


5. A ignorância do que o Papa realmente ensina, deixando-se levar tão somente por opiniões,  paixões, superficialidades religiosas;


6. No caso atual, a preferência por uma Igreja distante do foco evangélico, preferindo um "Cristianismo torto", de "verniz", apegado exageradamente a "dogmas", tradições,  pompas e ritualismos;


Desafio a quem se proclama " antipapa Francisco" a apontar seu distanciamento do que ensinou o Mestre Jesus! Os que chamam Francisco de "herege", revolucionário, comunista... será que leem os Evangelhos, no mínimo? Ou a Palavra de Deus meramente  "ouvida" em cerimônias não passa de "decoração litúrgica"? A própria Eucaristia como jogral litúrgico…


Pensemos na repugnância da Igreja institucional a Francisco de Assis, na época. Hoje o Santo de Assis é aceito romanticamente, mas continua rejeitado e combatido em muitas práxis eclesiásticas. Papa Francisco escancara isso!


Pe. Manoel Barbosa

Pároco da paróquia Nossa Senhora Aparecida (Farolândia) e assistente eclesiástico das Pastorais Sociais da Arquidiocese.

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